"Assim diz o SENHOR: Como quando se acha mosto num cacho de uvas, dizem: Não o desperdices, pois há bênção nele, assim farei por amor de meus servos, que não os destrua a todos,"Isaías 65:8
Esta semana eu fui o responsável por levar uma palavra para os jovens no sábado, e enquanto realizava minhas leituras, e depois de oração, acabei lendo este trecho da palavra em um post de uma jovem que escreve muito bem. A Camila Zamponi (@CamilaZaponi) é colunista no JNR e eu recomendo seguir esses jovens que servem a Deus com paixão e alegria. E escrevem super bem.
Mas além do momento que li e da pregação, este texto me fez refletir durante quase todo o domingo.
É um texto muito forte! E é precedido por um outro texto ainda mais chocante, mas que não vem ao caso para o meu ponto. Mas leiam Isaias 65 1:7 e o post da Camila que vocês vão entender.
Bem, sei que fiquei com isso martelando na minha cabeça. Em um mundo globalizado, com uma tecnologia muito avançada, com milhões de pessoas muito ricas e bilhões em uma miséria extrema. Hoje vivemos em uma sociedade onde o descartável é o padrão. Engraçado como que até a década de 20-50 no século passado, tudo feito pelo homem era projetado para durar para sempre, ou pelo menos para durar uma vida. Isso aconteceu até os fabricantes perceberem que eles matavam o próprio mercado, pois quem compraria um produto se ele já possuía este produto, e ele duraria muito. Notei como nesse meio dito "cristão", evangélico, isso tem acontecido com uma frequência cada vez maior.
Hoje em dia vivemos em um mudo onde uma palavra odiosa é onipresente, e ela é moda. Nós vivemos não somente na vida, mas na religião o fardo de termos que nos reinventar ciclicamente para nos mantermos atraentes para um determinado público. Acho isso odioso! E creio que Deus também. Não se deve confundir novidade e criatividade com falta de foco e modismos bobos. Esse é um costume do mundo moderno que realmente deveríamos dispensar!
Ao ler o evangelho percebemos que Jesus passou três anos tentando incutir em seus discípulos que eles revissem os conceitos e percebessem que Deus já havia deixado tudo organizado para funcionar bem. Só deveríamos ler e praticar. Ele não pedia para os discípulos decorarem várias versões da Bíblia, mas que meditassem na porção da palavra que eles já sabia, dia e noite. Que eles interpretassem, e por mais de uma vez ele pediu a seus discípulos que mostrassem a percepção do que eles viam, ouviam e já conheciam.
Outro aspecto das "coisas" descartáveis, é transformar pessoas em coisas. Afinal vejo isso com uma rapidez cada vez maior! Pessoas que chegam em um lugar são melhor recebidas do que as que possuem mais contato e intimidade, até porque estas "criam" mais problemas e tendem a ser mais ariscas. Existe uma "necessidade" em ter novidades no banco, na literatura, no pensamento. E isso é algo asqueroso! Acho que deveríamos nos preocupar em ler e relembrar o que muitos irmãos já receberam e compartilharam de Deus, seja através de trabalho, ou literatura.
Deus realmente tenha piedade dessa nossa geração, que é veramente perversa. E que possamos voltar a ter alguns dos bons hábitos e costumes antigos, entre eles o de ler, o de pensar sobre o que lê, o hábito de reler, e ainda o de valorizar a memória de quem já entregou a própria vida pelo Reino.
Desejo a todos que Deus os abençoe e que ele fale sempre ao coração de vocês, assim como tem falado no meu.
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