13 de junho de 2011

Uma palavra sobre o Corpo

Há algum tempo venho pensando sobre o meu papel dentro da igreja. Como posso colaborar? Quando devo colaborar? Com quais pessoas devo colaborar? Quais são os alvos? Quem são os alvos?

São muitos questionamentos, e sinceramente não tenho respostas para todos eles ainda. Mas não acho necessário ter respostas prontas para todas as minhas dúvidas. Melhor é mantê-las por perto, junto com as que já estão respondidas. Sobre algumas já não tenho dúvidas:
  • Jesus é o meu Salvador;
  • Jesus é o único caminho;
  • Sou o templo do Espírito Santo, portanto devo cuidar e honra o meu corpo; 
  • Não posso fazer nada para alcançar a Graça de Deus; 
  • Só posso servir a Deus, servindo as pessoas que me cercam;
  • Juntando tudo o que aprendi ainda é pouco perto do que posso aprender.
E tenho muitas outras convicções já estabelecidas. Mas tenho também muitas perguntas a serem respondidas. Gosto das dúvidas tanto quanto das respostas, já que elas me movem em busca de conhecer mais a vontade do Pai, e em como posso cumprí-la.

Um dos meus muitos questionamentos portanto é sobre o meu papel. Por um lado me sinto feliz, inserido, aceito mesmo com meus defeitos, e a minha comunidade me mostra que não sou o único a tẽ-los (os defeitos).

Por outro lado me sinto extremamente desconfortável com algumas coisas envolvendo a igreja. Pessoas que se afastam, muitas atividades entre os irmãos e por vezes poucas com os que ainda não são cristãos. Mesmo tendo pouco mais de 7 anos na igreja já vi arbitrariedades, intolerância e muita falta de comprometimento. Sinto que poderíamos fazer muito mais, principalmente pelos que nada tem, a saber: orfãos, viúvas, mendingos.

Nesse momentos fico pensando sobre como está a vida espiritual dos outros irmãos. Apesar de vocês poderem pensar porque eu não me preocupo com a minha vida, ou o que eu tenho a ver com a vida dos outros. Mas na verdade acho relevante sim! Afinal a minha caminhada não é perfeita. As vezes falho na minha devocional, por vezes no momento de orar me sinto oco. Às vezes me sinto incapaz de estar na presença de Deus, e impróprio de estar junto dos meus fraternos em Cristo. Mas sei que o que faço afeta o corpo do qual faço parte. E da mesma forma se um outro irmão peca ele afeta a minha vida e da Igreja. Isto não nos dá a liberalidade da intromissão, mas deveria nos dar a percepção da misericórdia. Se alguém peca contra o corpo de Cristo, antes de ser extirpado como acontece em muitos lugares que utilizam para tal parabolas como da figueira que não da fruto, devemos lembrar da parábola sobre perdão e das que tratam dos relacionamentos humanos. Portanto se soubemos que alguém peca devemos ir e conversar direto com essa pessoa, e não ficar de fofoca. Se não houve resultado, devemos chamar um ou dois irmãos de confiança e ir novamente tratar com esta pessoa. E somente se continuar havendo resistência é que o caso deve ser levado para a Igreja.

Não sou falso de falar que é fácil perdoar! Não sinto ser fácil me perdoar em relação aos meus erros passados, ao mesmo tempo que me demoro em irar infelizmente demoro em perdoar, algo que peço que Deus realmente mude no meu coração, e discordo da visão de que perdoar é relevar. Não é! Mas perdoar é lembrar sem deixar machucar. É escolher a paz ao invés da guerra. É escolher a paz ao ínves da razão. Por esse motivo que aos olhos dos outros sempre parecemos loucos ao perdoar os outros. Mas já houve um homem que disse que Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias.

Com isso posto volto aos meus questionamentos... se não devo viver pelo que é minha vontade mas do pai, porque devo permitir que as afrontas a mim possam de alguma forma afetar aquilo que faço, que não é para mim? Mais questionamentos... mais tempo meditando... aguardo respostas do Pai. Mas enquanto isso, escolho servir a todos que puder, pois sei que dessa forma estarei servindo ao meu Deus em todas as oportunidades que ele me dá. E continuo me esforçando em desenvolver a disciplina, palavra que tem a sua raíz na mesma que discípulo, para fazer as coisas que sei que o Pai espera que façamos, não para manipulá-lo, mas para mostrar obediência e respeito pelo Amor dele por nós e prazer em servi-lo através de: devocional, oração, jejum, misericórdia.

Fiquem na paz do Deus Abba, de Yeshua Ha Mashiach e do Ruach HaKodesh, o Deus triúno que é Echad (UM).

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