24 de junho de 2011

A Irrelevância Cristã

Observo a cristandade — dentro dela diversos segmentos — e sempre me pergunto onde está a graça?

Observo as questões levantadas e não sinto a mínima vontade de comentar, interagir sobre seus assuntos, dilemas e esperanças. São questões que me parecem tão irrelevantes e tão banais.
Vejo as pessoas querendo buscar um olhar diferente de Deus ou somente chamar a atenção de um ser que dentro da fé que confessamos é Onisciente. Diante disso me calo e ignoro, ou pelo menos tento.

Vomitar toda a teologia sem vivenciá-la é irrelevante, mesmo que está teologia vá de encontro ao mais profundo teólogo póstumo ou a era pentecostal e suas estranhezas.

Pensar num cristianismo pragmático onde tudo deve ser pesado, pensado e posto em prática se tornou um discurso tão irrelevante por causa da banalidade de querer ser o melhor cristão do mundo que se equipara às questões rotineiras como decidir a roupa - ou no caso máscara e fantasia - que irá vestir.

Realmente é pura banalidade e irrelevância querer ser "visto" por Deus dentro do cristianismo vivenciado dessa forma. Digo isso pelos dogmas e divergências que existem mais debaixo para cima do que de cima para baixo.


Afinal existe um Deus pessoal e onisciente; então por que no meio do aglomerado de pessoas pedintes, em meio a gritos e histerias de uma demonstração bisonha de um falso poder tentamos chamar sua atenção?

Apesar de que creio serem irrelevantes as questões que trazem a pauta a unidade dos segmentos cristãos e suas idéias, regras, liturgias engessadas e dificuldades. Afinal o cristianismo nunca será uníssono, pois ele foi feito, e é praticado por pessoas que são tão diferentes entre si que nunca chegarão à utopia desejada e tão sonhada por alguns.

Creio serem irrelevantes as questões da cristandade por que somos crianças brincando de ter um “deus de pelúcia” que está pronto para tratar as nossas carências da maneira mais útil a nós mesmos. O problema é que existem tantas outras crianças com seus “deuses bonecos poderosos” desejosos para si e somente para si o que você que se acha único quer.

E nisso há o conflito que será ganho pela criança que tem o boneco mais armado pela sua “fé”.

São irrelevantes as nossas questões por que somos os peseudo-intelectuais-teologos de uma fé enlatada, rotulada posta numa prateleira duma loja gospel esperando o próximo movimento cristão que possivelmente será chamado de revelação profética, avivamento ou novo movimento cristão. Sendo que na verdade só existe a inércia daqueles irrelevantes cristãos que brincam de ter “deus” e são empurrados pelos que vem de trás e querem ser os primeiros.

Quando eu quero as respostas mais relevantes dentro do contexto cristão, simplesmente desligo meu computador, abro minha bíblia, leio, depois tapo meus olhos e ouvidos, cesso de falar e vou viver lá fora onde as pessoas que também vivem estão.

Então não me procure dentro de um segmento religioso que não irá me achar sentado buscando a atenção de um ser divino.

Vou lá fora viver no mundo que Deus criou e está me relacionar com meu próximo.

fonte: Blog Lion of Zion, escrito pelo amigo Marco Alcantara.

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